
Desde o fim do ano ado, já se sabe que as licenças da SPU (Superintendência de Patrimônio da União) e Antaq (Agência Nacional dos Transportes Aquaviários) que permitem que navios de cruzeiro atraquem na Baía de Vitória ainda não saíram. E é por isso que os primeiros testes de uma nova operação, com uma área de desembarque próximo ao Hotel Senac Ilha do Boi onde lanchas deixarão os visitantes dos navios, só devem ter início no fim deste ano.
Por isso, é tão importante que as partes envolvidas estejam alinhadas para que as visitas a Vitória deslanchem. Na semana ada, representantes de companhias de cruzeiros que atuam no Brasil estiveram na Capital em uma reunião para testemunhar o compromisso do poder público e dos setores econômicos capixabas com essa retomada. Não basta decidir voltar a receber os cruzeiros, mas atraí-los para Vitória. É esse relacionamento que pode consolidar a rota.
Com esse novo esquema, a Capital vai poder receber navios maiores, entre 3 mil e 5 mil ageiros, já que eles ficarão atracados nas proximidades da Terceira Ponte. De lá, embarcações menores vão retirar os turistas e deixá-los no píer da Ilha do Boi, que ainda vai ser adaptado.
Importante também será criar roteiros atraentes na Grande Vitória, para que os visitantes realmente se interessem em conhecer e deixar o seu dinheiro. O gasto por visitante pode ficar entre R$ 600 e R$ 800. Restaurantes, bares, lojas, todos devem estar mais preparados para esse receptivo. É a vontade de voltar que ajuda a fortalecer o turismo em qualquer lugar do mundo.
Recentemente, em fevereiro, o navio alemão Vasco da Gama chegou ao Porto de Vitória com 900 ageiros, após ar por Búzios. A embarcação conseguiu chegar ao local por ser de menor porte que os navios que são esperados nessa nova operação, na entrada da Baía de Vitória. O Porto de Vitória já chegou a ter mais de 31 paradas em uma única temporada de cruzeiros, em 2011. Contudo, os navios ficaram bem maiores, hoje chegam a levar 4,5 mil ageiros, o que inviabilizou a entrada.
A criação de uma nova infraestrutura para os desembarques é o primeiro o para abrir o Espírito Santo para os visitantes que chegam pelo mar, mas não vai determinar o sucesso da empreitada sem um envolvimento coletivo, para desenvolver um turismo que deixe as melhores lembranças a quem visita o Estado.
LEIA MAIS EDITORIAIS
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.